por Câmara de Comércio Sotavento, em 25.04.14
A CCISS em parceria com a AJEC e o Centro de Políticas Estratégicas (CPE) organizaram um diálogo sobre a economia marítima, ontem, dia 24, com a finalidade de fazer um retrato das reformas deste sector e definir as oportunidades que o mesmo apresenta para o sector privado nacional. O encontro é resultante de um amplo consenso para os próximos anos no que toca à agenda de transformação de Cabo Verde, que permite desenvolver uma economia diversificada e produtiva através da promoção de clusters e pólos de competitividade, com base num modelo de crescimento suportado pelas dinâmicas do sector privado.
Trata-se de um momento de reflexão para construir um amplo consenso nacional, associando o Governo, sector privado, trabalhadores, sociedade civil e diáspora, sobre uma visão do futuro e os caminhos a seguir, no sentido de transformar a economia e projectar a nova realidade social e económica, perspectivando um Cabo Verde Próspero no horizonte de 2030.
Os impactos esperados da reforma, os projectos em curso no sector portuário e as oportunidades de negócio que este oferece ao sector privado, foram os pontos que constituíram o debate. No domínio da economia marítima, o Governo de Cabo Verde já anunciou que está a ultimar o quadro legal e regulatório, bem como a preparar toda a legislação para a privatização do sector portuário, em 2014. No âmbito dessa privatização, a Empresa Nacional de Administração dos Portos (ENAPOR) continuará a ser a concessionária geral dos portos a nível nacional. Franklin Spencer, Presidente do Conselho de Administração da ENAPOR, garante que estão trabalhar no sentido de construir uma economia marítima dinâmica, para fomentar o crescimento do sector privado que opera no sector marítimo e para modernizar e expandir as infraestruturas portuárias, no sentido de tornar este sector mais atrativo para investimentos nacionais e estrangeiros.
De acordo com o Presidente da CCISS, Spencer Lima é imprescindível que haja igualdade de oportunidades de investimento nacional e estrangeiro em Cabo Verde, e para isso o Governo deve criar condições para que os investidores nacionais do sector privado estejam bem capacitados para competirem com as empresas estrangeiras. Já o Presidente da Adei, Frantz Tavares, sugeriu que é necessários que haja uma mobilização do interesse do sector privado em criar um portfólio de projectos direcionados aos investimentos da diáspora neste sector.
No termino do encontro a opinião dos presentes foi unânime no que diz respeito às melhorias no sector da economia marítima, na qual ficou acordada a necessidade da criação de uma instituição financeira de intermediação (fundos de risco), no investimento por parte do Estado, na garantia dos investimentos privados e uma melhor organização dos operadores do sector privado na procura de soluções para os problemas a volta deste sector.
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